Prêmio CNI-SESI Marcantonio Vilaça
A mostra dos artistas contemplados está na Casa Andrade Muricy, em Curitiba, e foi aberta na noite de terça-feira, com a presença de mais de 300 pessoas
O público de Curitiba já pode conhecer as obras dos artistas contemplados pelo Prêmio CNI SESI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas, em exposição na Casa Andrade Muricy, espaço da Secretaria Estadual da Cultura. A mostra, que vai até 22 de junho, foi aberta na noite de terça-feira (06), com a presença de mais de 300 pessoas.
A solenidade trouxe a Curitiba o ministro do Tribunal de Contas da União, Marcos Vinícios Vilaça, e a esposa, Maria do Carmo, pais do galerista e colecionador pernambucano, que empresta o nome ao prêmio. Participaram a secretária estadual da Cultura, Vera Mussi; o gerente executivo da área de Lazer do Sesi Nacional, Eloir Edílson Sinn; o diretor diretor-superintendente do Sesi Paraná, José Antônio Fares, além da artista plástica Lúcia Laguna e o curador Paulo Herkenhorff.
Lançado em 2004 pela Confederação Nacional das Indústrias e pelo Serviço Social da Indústria, o prêmio é uma ação inédita de valorização da arte contemporânea no país. Na edição 2006/2008 teve 744 projetos inscritos. Foram premiados quatro artistas de carreira individuais – o pernambucano Carlos Mélo, a mineira Laura Lima, a carioca Lúcia Laguna e a espanhola, residente em Belo Horizonte, Sara Ramo – e a dupla paulistana Leandro Lima e Gisela Motta.
Como parte importante de sua programação, o prêmio Marcantonio Vilaça promove dia 12 de maio, na mesma Casa Andrade Muricy, um módulo educativo para a formação de professores de escolas públicas e particulares, Dos dias 13 a 16 serão realizadas oficinas de arte para alunos de ensino fundamental.
A secretária Vera Mussi elogiou o prêmio e ressaltou a parceria com o Governo do Paraná, que abriga a mostra. “O prêmio demonstra a sensibilidade das entidades que representam o empresariado para com o aspecto mais importante do ser humano, que é o espírito. E o espírito se expressa pela arte”, disse ela.
Escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, a qual já presidiu, o ministro Marcos Vilaça definiu um prêmio CNI Sesi como um enlace do desenvolvimento econômico com o desenvolvimento social. “O prêmio é a vontade, o compromisso do empresariado brasileiro e visa educar. É a educação interagindo com a cultura. Este projeto da CNI e do Sesi se situa no País certo, pois o Brasil tem forte identidade no processo criativo, e também no tempo certo, pois estamos vivendo o século do conhecimento”, afirmou.
No seu pronunciamento, o ministro se emocionou ao falar do filho, Marcantonio Vilaça. “Ele deve estar muito satisfeito com essa honra”, afirmou. “Nós, pais de Marcantonio somos gratos a CNI e ao setor industrial brasileiro, que cuida da expressão cultural do país e honra a memória do meu filho.”
Formato diferenciado – Os artistas premiados apresentam trabalhos em diferentes meios e formatos – vídeos, instalações, fotografias, esculturas-objetos a pinturas. O Prêmio Marcantonio Vilaça tem formato diferenciado: cada edição contempla cinco artistas com bolsas de trabalho (de R$ 30 mil), cujo desenvolvimento é acompanhado por um crítico ou curador de arte.
Ao fim desta etapa, as obras selecionadas são reunidas em exposições itinerantes pelas capitais e cinco delas são doadas ao acervo de instituições culturais.
Assim, além de incentivar a produção artística e contribuir para a ampliação das coleções institucionais, o prêmio se insere no conjunto de projetos desenvolvidos pela CNI e SESI para promover a cultura junto à sociedade brasileira, através das exposições e das ações educativas realizadas nos estados.
Não por acaso, o Prêmio CNI SESI para as artes visuais brasileiras homenageia o colecionador e galerista pernambucano Marcantonio Vilaça, grande incentivador da arte contemporânea brasileira, falecido precocemente aos 37 anos em 2000. Também ele acreditava na arte como força transformadora da sociedade, como manifestação livre e democrática da pluralidade de opiniões.