Banco Central precisa de um novo modelo mental, diz Rocha Loures
Presidente da Fiep afirma que decisão de elevar a taxa básica
de juros foi balde de água fria na confiança do empresariado
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) afirmou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 11,75% a.a. reforça a tese de que é necessário rever o modelo mental e de governança da política monetária. “Precisamos nitidamente de uma nova atitude e método”, afirma.
O dirigente classificou a decisão do Copom como um “balde de água fria na confiança do empresariado”. “Estão jogando com a permanência do país no atraso”, destaca. Para ele, a preocupação do BC permanece exclusivamente no combate a inflação, mas “o problema é que a alta de preços é cada vez mais determinada por fatores externos que não controlamos”.
Para o presidente da Fiep, num cenário de acelerada deterioração das contas externas “a prioridade absoluta deve ser a de nos prevenir quanto ao risco de recaída para um quadro de vulnerabilidade externa”. Ele defende a redução firme e gradual da Selic “para diminuir o diferencial de juros real do Brasil com os seus principais parceiros no curto prazo”.