Rocha Loures integra conselho diretor do FNDCT
Presidente da Fiep afirma que nova estrutura do Fundo permite, pela primeira vez, aliar a política de desenvolvimento tecnológico com a política industrial
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, participa nesta quinta-feira (28), em Brasília, da primeira reunião do conselho diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). “O FNDCT se tornou um instrumento altamente relevante para o desenvolvimento do país pelo seu porte e também porque a inovação e os recursos humanos qualificados são absolutamente cruciais para a elevação da competitividade do Brasil”, destaca Loures.
Criado em 1969 com o objetivo de financiar o desenvolvimento científico e tecnológico, o FNDCT teve papel fundamental na montagem da infra-estrutura de pesquisa do país. Ele readquiriu importância para o fomento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação a partir de 2000, com a criação dos Fundos Setoriais. Em novembro do ano passado o Fundo teve uma nova regulamentação aprovada. “Agora, estamos diante da oportunidade de finalmente poder alinhar as políticas de ciência, tecnologia e inovação com a política industrial e demais políticas de desenvolvimento”, afirma o presidente da Fiep. “Isso é algo novo para o país. As políticas industrial e de C&T&I nunca de fato se encontraram. Os programas devem estar totalmente harmonizados para se provocar sinergias, otimização de recursos e eficácia dos resultados”, avalia.
A fim de testar um efetivo alinhamento dos instrumentos que serão disponibilizados pelo FNDCT com os outros instrumentos governamentais existentes, Rocha Loures pretende “sugerir a escolha de um programa estratégico estruturante de interesse nacional como um exercício piloto a ser implementado em 2008 e 2009”. “Poderíamos fomentar um programa de bioenergias em todas as suas dimensões, transcendendo a exclusiva produção de energia”, destaca o presidente da Fiep.
Na avaliação do empresário o programa pode envolver a formação de recursos humanos, desenvolvimento científico e tecnológico, estímulos à inovação, comércio exterior e desenvolvimento industrial. “Esta iniciativa provocaria uma espécie de mutirão de múltiplos atores institucionais, devidamente coordenados. Um conjunto de indicadores de acompanhamento e resultados balizariam toda a execução do programa”, afirma.
O presidente da Fiep entende que é importante a formação de uma Rede de Compartilhamento de Conhecimento e de Desenvolvimento de Competências "com vistas a tornar o Brasil líder tecnológico mundial nesta área e um player produtivo significativo, no médio prazo”.
Loures alerta ainda que todos os programas patrocinados pelo FNDCT, inclusive Fundos Setoriais, devem ser acompanhados e avaliados periodicamente com indicadores de impacto. “Os resultados precisam ser divulgados amplamente”, sugere.