Fiep protocola abaixo assinado no Senado contra a prorrogação da CPMF
A Federação colheu mais de 43 mil assinaturas através do site e em manifestações públicas organizadas em várias cidades
A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) protocolou nesta terça-feira (25) no Senado Federal abaixo-assinado com 43.521 assinaturas contra a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O abaixo-assinado é fruto de uma série de manifestações públicas que a Fiep organizou em várias cidades do Paraná, com adesões de empresários e populares. Foram 37.381 assinaturas colhidas nas ruas e 6.140 assinaturas por meio eletrônico.
Na carta anexada ao abaixo assinado, o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, afirma que o documento é um “manifesto autêntico e indiscutível da população que quer a CPMF extinta para aumentar a competitividade, baixar preços e gerar novos empregos”.
Ainda no documento, Rocha Loures informa que “a Fiep se une a todos esses cidadãos e pede o fim da CPMF, bem como a não prorrogação ou criação de um novo tributo que a substitua”.
A Fiep condena a CPMF porque ela se esconde nos preços e é cumulativa. “Embora tenha alíquota reduzida, vai se sobrepondo em cada operação financeira, pesando sobre as empresas”, observa Maurílio Schmitt, coordenador do Departamento Econômico da Federação. Além disso, segundo ele, não há uma motivação econômica para a cobrança da CPMF porque ela não incide sobre a geração de renda, mas apenas sobre a movimentação financeira.
“A CPMF não agrega nada à economia. Os R$ 36 bilhões que o governo arrecada com este imposto deveriam ficar no bolso do trabalhador e do empresário para gerar emprego, consumo e impostos legítimos. Se este imposto for tirado, teremos 700 mil empregos a mais no Brasil no ano que vem”, disse o vice-presidente da Fiep, Hélio Bampi, que coordenou o manifesto contra a CPMF em Curitiba.