Seminário Internacional

Especialistas e empresários debatem responsabilidade social na indústria

Especialistas e empresários debatem responsabilidade social na indústria

Presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, representou o presidente da CNI no seminário internacional, em comemoração aos 60 anos do Sesi


Especialistas nacionais e internacionais da área de estratégia empresarial e grandes nomes da indústria brasileira participaram nesta segunda-feira (06), em São Paulo, do Seminário Internacional Responsabilidade Social – Agregando Valor para a Indústria, um dos eventos que comemoram os 60 anos de atividades do Serviço Social da Indústria. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, representou o presidente da CNI e diretor nacional do Sesi, Armando Monteiro Neto, no encontro, promovido em parceria com a HSM Management.

Rocha Loures participou da mesa redonda que contou com o empresário Ivoncy Ioschpe, presidente do Conselho de Administração da Ioschpe-Maxion, a presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, o presidente da Embraer, Osíres Silva, e o presidente da HSM, Carlos Alberto Júlio. E destacou o papel do Sesi na área de responsabilidade social. “Ao longo de 60 anos, o Sesi vem construindo experiência e promovendo atividades visando o desenvolvimento do capital social no Brasil”, disse Rocha Loures.

Ressaltando a abrangência nacional e a enorme capilaridade do Sesi, que o faz presente em mais de 1.900 municípios, alcançando milhões de pessoas anualmente, o presidente da Fiep citou o que chama de quatro eixos de mudança proporcionados pela entidade: a capacitação de executivos e empresários, possibilitando a formação de um novo estilo de liderança; a criação de programas visando a mudança de cultura das organizações; a adoção do Mapa Estratégico, que visa a sustentabilidade; e a introdução de mecanismos de monitoramento adequados para a busca da sustentabilidade. “No Paraná estamos bastante avançados nessa área, com o funcionamento do Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis), que permite o monitoramento apropriado dos progressos que estão acontecendo nas comunidades onde as indústrias atuam”, contou.

A importância da educação para o desenvolvimento econômico e social do Brasil dominou a mesa redonda. O ex-presidente da Embraer, Ozires Silva, lembrou que antes de iniciar a fabricação de aviões houve a preocupação de formar engenheiros capacitados para essa indústria. E por isso foi criado o ITA. Hoje, a Embraer mantém uma universidade corporativa, que completa, durante um ano, a formação de seus funcionários. “É necessário trabalhar pela excelência o tempo inteiro, se não é impossível competir e muito menos manter a liderança”, lembrou.

O presidente do Conselho de Administração da Ioschpe-Maxion, Ivoncy Ioschpe, também citou o exemplo do seu grupo empresarial que há 20 anos criou um projeto de educação, com escolas nas fábricas para atender a comunidade carente. “Trouxemos jovens de elevado risco social para dentro da empresa e hoje temos exemplos desses jovens que são empresários, professores, que cursaram a universidade. Mostramos que é possível criar uma nova geração que praticamente estaria perdida do ponto de vista da cidadania”, disse.

E Ioschpe sabe que essa ação tem grande valor para o seu grupo. “Não tenho dúvida de que as escolas que mantemos nas nossas fábricas agregaram valor à nossa companhia e também a todos os nossos funcionários”, disse.

Para Viviane Senna a educação é a única possibilidade de mudança. A presidente do Instituto Ayrton Senna cita a dualidade de um país que, do ponto de vista da produção de riqueza é a 12ª economia mundial e do ponto de vista do desenvolvimento humano cai para 72º lugar. “O grande desafio do Br não é apenas crescer economicamente. É lógico que o crescimento econômico é imprescindível, mas é insuficiente. O problema do Br é de desenvolvimento humano. E a forma de desenvolver gente é através da educação”, afirmou.

Programa – A programação do Seminário incluiu ainda palestras com o escritor e pensador Malcolm Gladwell, que desenvolveu conceitos e teorias sobre o comportamento humano no contexto do marketing e da estratégia, e com o professor da Harvard Business School, Robert Kaplan, que criou junto com David Norton o consagrado Balanced ScoreCard (BSC), ferramenta que permite canalizar as habilidades e os conhecimentos específicos para alcançar as metas estratégicas e lucros ao longo prazo. A ferramenta é utilizada em todo o sistema CNI.

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