Fiep pede correção dos rumos da economia

Recuo do PIB reflete miopia dos gestores da economia , afirma Rocha Loures

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, disse nesta quarta-feira (30/11) que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no terceiro trimestre deste ano “já estava desenhada há muito tempo”. “O recuo do PIB mostra que precisamos aprender a ler os sinais para corrigir o rumo da nossa economia. Não é o caso de mudar pessoas e sim de mudar o sistema de governança da atual política”, afirma.

Para Loures, hoje a gestão da economia “equivale a um indesejado programa de desindustrialização”. “Com juros exorbitantes, tributação elevada, valorização da moeda, desestímulo à produção e aos investimentos, estamos no mesmo caminho da Argentina, que lentamente destruiu o seu parque industrial, o que culminou com uma catástrofe econômica e social”, ressalta o presidente da Fiep.

De acordo com Rocha Loures, o recuo do PIB reflete “a miopia dos gestores da economia”. “As atuais taxas de juros produzem extrema valorização do real, o que transforma em pó as oportunidades de exportações de nossas empresas e retira a vitalidade da indústria e dos demais setores produtivos. O resultado desta conjugação está refletido no desempenho do PIB”, avalia.

Documento – Nesta quarta, o presidente da Fiep entrega ao presidente Lula, durante o Fórum Futuro 10 Paraná, um documento no qual traça um panorama da situação econômica brasileira e pede que o governo federal reveja a sua política para a área. “Ainda há tempo para conduzir o país a uma expansão econômica que privilegie a inteligência, a criatividade e o empreendedorismo do povo brasileiro”, diz o documento.

O texto prossegue afirmando que “não se trata de afirmar que está tudo errado, pois este não tem sido nosso posicionamento. Trata-se, sim, de reformular algumas políticas e de adotar outras, cuja ausência nos tem conduzido a este recorrente e pífio desempenho econômico. Isto é grave, quando vemos outros povos aproveitarem as oportunidades e os espaços econômicos que poderíamos estar disputando com sucesso”.

O documento apresenta considerações sobre o resultado da estratégia de condução da economia. “Concordamos que é necessário controlar a inflação, mas as políticas adotadas representam um assalto à economia da população. Ao serem a única referência da política governamental, constituem entrave à expansão da capacidade produtiva das empresas – esta sim a única forma de desenvolvimento do país”.

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