A Universidade da Indústria (Unindus), vinculada ao Sistema Fiep, promove nesta semana o I Seminário Paranaense de Educação Corporativa. A palestra de abertura foi realizada pela professora Kira Tarapanoff, assessora do projeto Universidade Corporativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/CNPq). O tema foi a “Universidade Corporativa: conceitos, cenário brasileiro e tendências”.
Segundo Marcos Muller Schlemm, diretor da Unindus, o objetivo do seminário é promover a análise e discussão dos conceitos e metodologias utilizados na Educação Corporativa. “Nosso propósito é difundir, através de debates, palestras, painéis interativos e cases, as melhores práticas para que o segmento industrial paranaense use esta nova ferramenta para ganhar competitividade “, informa ele.
De acordo com dados do MDIC, as universidades corporativas surgiram na década de 60 para atender necessidades das empresas de treinar competências específicas. “Naquela época alguns segmentos industriais precisavam de profissionais que atuassem em atividades para as quais não existiam cursos de qualificação fora da empresa”, informa Schlemm. “Um exemplo é o da Petrobrás, que precisava de um engenheiro de prospecção de águas profundas e precisou montar um treinamento direcionado a esse profissional”.
A professora Kira Tarapanoff, afirma que hoje no Brasil existem 100 exemplos de empresas que mantêm ensino corporativo. “Ainda não há dados que indiquem se são realmente universidades ou cursos isolados nas empresas”, explica. Segundo ela, a Secretaria de Tecnologia Industrial do ministério fará um levantamento nacional para diagnóstico dessas instituições para saber em que nível elas podem se enquadrar. Para a professora, esse tipo de educação é fundamental para que a indústria adquira mais competitividade. “A tendência do ministério é formar parcerias com universidades para garantir uma melhor formação. Se houver necessidade, faremos a regulamentação da universidade corporativa perante o MEC para o reconhecimento dos cursos”, conta.
Para o trabalhador que passa por esse tipo de ensino, os ganhos são curriculares, pois eles adquirem competências únicas para atender demandas específicas do segmento industrial em que atuam. Isso também ajuda a ampliar a integração à cultura e política da empresa.
O seminário, que está sendo realizado no Cietep, em Curitiba, prossegue nesta quinta e sexta-feira e abordará temas como: o cenário brasileiro das universidades corporativas; como implantar uma universidade corporativa; como focar a aprendizagem às necessidades de negócio; a gestão do conhecimento e o ambiente de aprendizagem. Além disso, empresas que têm universidades corporativas como Brasil Telecom, Siemens, Cia Vale do Rio Doce, Datasul, UniSesi, Petrobrás, Embraer, HSBC e Sadia mostrarão os resultados práticos da Educação Corporativa.