Indústria vai propor uma agenda para inovação no País

O desenvolvimento industrial e tecnológico do Brasil depende da inovação. A CNI está mobilizando os empresários em torno desta discussão que será tema do Congresso Brasileiro da Inovação na Indústria, de 26 a 28 de outubro em São Paulo.

São Paulo (29/09/2005) – O desenvolvimento industrial e tecnológico brasileiro depende da criação de uma cultura baseada na inovação, que envolva o setor empresarial, universidades e governo. O compromisso do setor industrial em vencer esse e outros desafios e apoiar a construção de um futuro inovador para o Brasil foi o tema da reunião do Fórum Nacional da Indústria, órgão consultivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada nesta quinta-feira (29/09) em São Paulo.


O encontro teve o objetivo de mobilizar o setor empresarial para o Congresso Brasileiro de Inovação Tecnológica, que ocorrerá de 26 a 28 de outubro, em São Paulo.”Precisamos elaborar políticas e ações articuladas entre os vários segmentos industriais com o objetivo de fazermos uma grande revolução na área da inovação do país”, disse o presidente do Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da CNI, Rodrigo da Rocha Loures. Ele também é presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).


Para o vice-presidente da CNI, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, o Congresso será uma oportunidade para engajar empresários preocupados com o futuro das empresas e do país.”Em um mundo, em que a tecnologia muda rapidamente, precisamos ser criativos para ocuparmos espaços que existem nos nichos de mercados internacionais”, afirmou.

O presidente do Grupo Gerdau e coordenador da Ação Empresarial,
Jorge Gerdau Johannpeter, disse que é impossível imaginarmos uma sociedade moderna sem inovação. “É preciso colocar a inovação nos macroprocessos das empresas, dos empresários até o chão da fábrica. São fortunas que se ganham quando implanta-se de ponta a ponta a cultura da inovação”, disse o industrial.

O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de
Brinquedos, Synésio Batista da Costa, sugeriu que a questão do consumidor também ganhe espaço no Congresso.”O consumidor é o centro do nosso progresso. Um evento dessa magnitude não pode deixar de ouvir a figura mais importante. Quanto mais exigente for o consumidor e quanto mais velozmente os empresários perceberem essas exigências, mais rápido será o avanço do Brasil”, disse Costa.

MOBILIZAÇÃO NACIONAL – O Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, organizado pela CNI, reunirá empresários, representantes de órgãos governamentais, de instituições acadêmicas, técnicos no espaço Villa Noah Embratel, em São Paulo. “Construiremos uma agenda que promova a inovação nas empresas e aponte as medidas necessárias para estimular os investimentos em tecnologia”, afirmou Rocha Loures.


A mobilização para a elaboração da agenda para a inovação começou
nos estados, com a realização de fórum regionais e setoriais organizados pelas federações e associações de indústrias. As propostas recolhidas em diversas regiões e setores industriais serão consolidadas em um documento de alcance nacional, que será apresentada ao governo e à sociedade no último dia do Congresso.

A inovação foi identificada pelo Mapa Estratégico da Indústria como um dos pilares do desenvolvimento econômico e social do país. Na avaliação da CNI, a intensificação da inovação nas empresas depende de um sistema de incentivos governamentais comparável ao das economias mais desenvolvidas. Nesse sentido, a agenda da inovação deverá propor a criação de estímulos fiscais às diversas atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), à compra de máquinas e equipamentos e ao treinamento de pessoas orientadas para a criação e o aperfeiçoamento de produtos e processos.

O salto do país na área de inovação também exige a ampliação e a
consolidação de uma rede de infra-estrutura tecnológica, com laboratórios aptos a atender à demanda por ensaios, testes e avaliações de conformidade e processos de certificação. Outro ponto importante é equipar e promover a atualização constante de universidades e centros de pesquisas para que essas instituições dêem suporte às empresas de médio e pequeno porte.


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