Sul atuará impositivamente sobre orçamento federal

Integrantes do Fórum Industrial-Parlamentar Sul querem mais agilidade na liberação de recursos federais para obras de infra-estrutura

Industriais e parlamentares dos três estados do Sul atuarão de maneira mais impositiva para a liberação de recursos do orçamento federal para a região. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (25/08) durante reunião realizada em Brasília pelos integrantes do Fórum Industrial-Parlamentar Sul – formado pelas Federações das Indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e pelos congressistas dos três Estados.

A motivação do encontro foi o baixo volume de recursos liberados pela União neste ano. Até o início de agosto, da verba de R$ 1,025 bilhão alocada no Orçamento Geral da União para obras de infra-estrutura de transportes para a região Sul, apenas 2,3% – ou R$ 23,5 milhões – haviam sido liberados. Por isso, os integrantes do Fórum vão atuar de forma proativa na luta para liberar recursos federais.

“O empresário se sente explorado pela carga de impostos e oprimido pelo ambiente burocrático. Por isto, temos que intensificar nossa estratégia de atuação para melhorar o ambiente institucional para economia funcionar melhor. De sua parte, o governo deve fazer os investimentos necessários para que isso aconteça”, avalia presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures. “O Fórum vai fazer um trabalho de articulação junto aos ministros e ao governo para que haja agilidade na liberação de recursos já autorizados pelo orçamento federal”, afirmou Rocha Loures.

Segundo o dirigente, os integrantes do Fórum não aceitam a idéia de ver perdido todo o esforço de articulação feito no ano passado. “O trabalho feito em 2004 permitiu elevar em quase 150% o volume de recursos previstos no Orçamento de 2005, que saltaram de R$ 416,1 milhões para R$ 1,025 bilhão”, informa o presidente da Fiep.

“É importante que o Sul se integre, alcance as melhorias e possa atingir os principais mercados brasileiros”, afirma o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre. De 1999 a 2004, o Sul foi o que mais contribuiu para o saldo da balança comercial brasileira. Juntos, os três estados geraram US$ 42,6 bilhões de superávit. Apesar disso, no mesmo período, a região ficou em penúltimo lugar nas provisões orçamentárias, recebendo apenas R$ 2,7 bilhões da União.


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