Rocha Loures discorda do otimismo de Lula

Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o presidente da Fiep, Rodrigo Rocha Loures discordou do otimismo do presidente Lula

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures discorda da posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à situação econômica do Brasil. Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada em Brasília nesta quinta-feira (25), o presidente se declarou otimista em relação à economia e disse que, mesmo com as eleições presidenciais, 2006 será um ano positivo para o País.

Rocha Loures discorda do presidente. “Em visitas ao interior do Estado e em conversas com empresários paranaenses e de outras regiões não vejo otimismo e sim preocupação em relação à economia”, destaca o presidente da Fiep. Segundo ele, os principais motivos que deixam o empresariado apreensivo são a perda de vitalidade das exportações e a recessão provocada pelos juros altos.

Com relação aos juros e à política monetária, Lula declarou ser uma questão do Banco Central, não cabendo interferência do presidente da república nessa questão. Na opinião do presidente da Fiep, o presidente deveria interferir na decisão do Copom, pois a atual estratégia de condução da economia está provocando a descapitalização e a perda de competividade do setor produtivo nacional. “É uma anomalia uma nação que vive e trabalha para pagar juros”, disse.

Durante a reunião do CDES foi apresentada a Agenda Nacional de Desenvolvimento, um documento elaborado pelo Conselho e que traz análises, sugestões e traça diretrizes para a reforma tributária e política, além de discorrer sobre a ampliação do Conselho Monetário Nacional. “É um documento inovador que vai servir para toda a nação e ultrapassar a atuação do atual governo”, explica Rocha Loures.

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