Curitiba, 18/08/05 – O Serviço Social da Indústria (Sesi) vai investir R$ 2 milhões para a realização do Mundial de Atletismo do Trabalhador. A competição, que vai acontecer em setembro, em Curitiba, faz parte da estratégia da instituição de promover a qualidade de vida do trabalhador por meio do esporte. O lançamento oficial do campeonato ocorreu nesta quinta-feira (18), na Federação das Indústrias do Estado do Paraná.
O Mundial ocorre pela primeira vez no Brasil e reunirá na capital paranaense mais de 400 trabalhadores-atletas de 10 países onde a atividade física, aliada à rotina de produção, é estimulada. As 18 provas femininas e 20 masculinas serão realizadas entre os dias 8 e 9 de setembro, no Centro Universitário Positivo (Unicenp). As disputas mesclam pista e campo e obedecem as características de competições olímpicas.
Atualmente, 500 mil trabalhadores-atletas participam de competições esportivas promovidas pelo Sesi em todo país, em etapas estaduais, regionais e nacionais que servem como classificatórios para torneios mundiais. “O Sesi, com suas quase 200 instalações para prática de esportes no país, já nos deu atletas reconhecidos internacionalmente, como Robson Caetano, Montanaro, Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa, entre outros”, listou o diretor-superintendente do Sesi, Rui Lima.
O coordenador Mundial de Atletismo do Trabalhador e gerente de esportes do Sesi, Rui Lima, assinalou que a integração social, o intercâmbio cultural entre industriários brasileiros e estrangeiros é o grande ganho dessa promoção internacional. Para ele, o evento consolida o novo perfil do trabalhador e da empresa que o prestigia e também contabiliza conquistas com essa postura.
O paraninfo do Mundial, velocista ex-campeão mundial e medalhista olímpoco, Robson Caetano, enfatiza, ao se identificar como modelo de promoção do esporte adotado pelo Sesi, que “o caminho do sucesso existe, mas não é fácil, porque ao esforço de um campeão soma-se o trabalho de superação, disciplina, busca de melhores condições sociais de muitos atletas que não foram os primeiros, mas são vencedores da mesma forma, é isso que queremos mostrar”. Na avaliação de Robson, que foi ajudante de obra e pedreiro antes de ser atleta, “é importante mostrar para os 35 milhões de jovens brasileiros que o esporte é uma saída. “O esporte mudou a minha vida e isso pode acontecer para outras pessoas”, disse.
Também presidente ao lançamento do Mundial, o ex-jogador de vôlei e embaixador do Sesi, Bernard Rajzaman, destacou o espírito de vida coletivo que o esporte proporciona. “É uma saída fantástica para a realização pessoal”, declarou o criador do saque Jornada nas Estrelas.
Estratégico – O diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan, afirmou que a instituição esta atenta às inovações tecnológicas e comportamentais especialmente no que se refere à qualidade de vida do trabalhador. Dentro dessa perspectiva, afirmou ele, o esporte é extremamente importante. Furlan destacou a preocupação do Brasil em estar na vanguarda, ressaltando aspectos do Mapa Estratégico da Indústria que privilegiam o esporte, seja no que se refere à integração ou qualidade de vida do trabalhador do setor.
Consequência – O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Roberto Karam, afirmou que a realização do Mundial de Atletismo em Curitiba demonstra a importância da indústria paranaense no cenário nacional. Ele explicou que nos últimos 10 anos houve uma mudança do perfil empresarial estadual com a chegada de grandes multinacionais ao Estado. “Esse fator revolucionou a gestão e a interação do empresariado com seus colaboradores. O entrosamento que existe hoje entre empresas e trabalhadores tem sido fundamental na busca da profissionalização para enfrentar a competição internacional”, afirmou.
Segundo Karam, os Jogos do Sesi, que estão na 19ª edição no Paraná, reúnem anualmente 15 mil trabalhadores de todo o estado. “Este número demonstra o envolvimento e a importância do esporte para nossos colaboradores. É preciso que o empresariado incentive estas promoções que são importantes para valorizar os empregados”, disse..
Quem vem – Entre os países com delegações já confirmadas para o Mundial de Atletismo em Curitiba, estão Angola (5), Áustria (24), Bélgica (5), Finlândia (10), França (34), Itália (6), Portugal (33), Suíça (20), tunísia(2) e Brasil (66), totalizando 202 participantes. O número alcança quase 400 trabalhadores-atletas ao considerar que as etapas dos campeonatos estaduais de Santa Catarina e Paraná acontecerão simultaneamente, com mais de 150 trabalhadores-atletas competindo nas fases que decidirão os possíveis nomes do próximo mundial.